Diferente
do que ocorrer no Egito, em que pouco se alterara a formação populacional, ao longo
da sua história, o espaço formado pela
Mesopotâmia, terras altas da Assíria e vastos espaços da Pérsia mostraram
grande variação de populações e influências. Porém, houve uma heterogeneidade
não tão acentuada que não permitisse a identificação de uma civilização.
Os
tempos mais antigos trabalháveis por nós remontam aos V e IV milênios aC. Nestes,
motivos retilíneos ou quebrados apontavam para uma concepção racionalizante.
Esta, porém, logo foi substituída e elementos curvilíneos inundavam as pinturas
cerâmicas. As divindades estavam basicamente relacionadas a deusas-mães. O todo
indicava uma tendência emocionalista nas expressões. E foi esta maneira que, a
partir do meado do IV milênio aC, manifestou-se fortemente na Suméria. Sua marca
maior foram os olhos bem arregalados e expressivos marcados nas estatuetas
denominadas “Orantes”.
Em
fins do III milênio aC, uma onda de geometrização estava ceifando o antigo expressivismo.
Era uma tendência racionalizante que chegava. Esta teve realce quando a invasão
dos acádes dominou a região.
Com
o domínio assírio, a partir de meado do II milênio aC, tal perspectiva se
afirmou. As imagens eram dominadas por retilineizações frias, num padrão
geometrizante. Os modos de expressão tornaram-se racionalistas. O maior símbolo
destes são os animais androcéfalos, geralmente guardiões de portais, com suas
asas retilíneas.
A
ascensão babilônica ainda relacionava tal expressão dominante, quando, após o
primeiro quarto do I milênio aC, os medo-persas impuseram-se. O momento
artístico mudou com eles. Formas mais curvilineas ganharam destaque. O animais
androcéfalos podem, mais uma vez, serem referenciais da nossa contemplação.
Neste novo passo, apresentavam ass encurvadas. Mas que mero detalhe
estilístico, eram a denúncia de tempos mais emocionais.
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